Denis Shapovalov e outros tenistas manifestaram frustração com os padrões duplos percebidos no tênis, depois que a Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA) decidiu isentar o número 1 do mundo, Jannik Sinner, de qualquer irregularidade, apesar de dois testes positivos este ano. A ITIA anunciou na terça-feira que um tribunal independente considerou a explicação de Sinner credível e permitiu que ele continuasse competindo. Shapovalov expressou seu descontentamento nas redes sociais, questionando a justiça da decisão e sugerindo que Sinner pode ter recebido um tratamento preferencial.
Sinner testou positivo para a substância proibida clostebol em Indian Wells em março, com traços encontrados em um teste subsequente. Apesar dos testes positivos, o jogador italiano de 23 anos conseguiu contestar com sucesso as suspensões provisórias impostas a ele. Agora, ele será elegível para competir no próximo US Open, embora já tenha perdido 400 pontos no ranking e 325.000 dólares em prêmios devido ao incidente.
As críticas à decisão vão além de Shapovalov, com o jogador britânico Liam Broady e a ex-número 1 britânica em duplas Tara Moore também expressando preocupações. Broady questionou a justiça do processo, observando que muitos jogadores enfrentam longos períodos de espera para que seus casos sejam resolvidos, enquanto Moore destacou a disparidade entre seu próprio caso e o de Sinner, sugerindo que o tratamento dos jogadores de topo é significativamente diferente.
A Associação de Jogadores de Tênis Profissionais (PTPA) pediu uma abordagem mais consistente para as violações de doping, enfatizando que todos os jogadores, independentemente do ranking, deveriam ser submetidos aos mesmos padrões. A decisão da ITIA, que ainda pode ser apelada pela Agência Mundial Antidoping ou pela Agência Antidoping Italiana, também foi criticada pelo australiano Nick Kyrgios, que argumentou que qualquer jogador que teste positivo para uma substância proibida deveria enfrentar uma penalidade mais severa.
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