Kasatkina viveu uma mistura de emoções em sua estreia representando a Austrália, mas o apoio caloroso do público a ajudou a se sentir confortável e garantir uma vitória convincente. Anteriormente, ela competia como atleta neutra devido às restrições impostas a jogadores russos e bielorrussos após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022. Recentemente, porém, recebeu residência permanente na Austrália.
A número 12 do mundo não perdeu tempo em quadra, demonstrando superioridade sobre Davis. Ela admitiu que ouvir seu nome sendo anunciado como jogadora australiana foi estranho no início, mas que não conseguiu conter o sorriso naquele momento especial.
Nascida em Togliatti, na Rússia, Kasatkina não retorna ao seu país natal há mais de dois anos, desde que assumiu publicamente sua homossexualidade e manifestou oposição à guerra na Ucrânia. Com a Rússia endurecendo recentemente sua posição contra a comunidade LGBTQ+, classificando o movimento como extremista, a tenista continua a falar abertamente sobre os desafios que enfrenta.
Apesar do contexto político, ela expressou sua felicidade pelo acolhimento que recebeu no circuito do tênis e afirmou estar entusiasmada com sua nova identidade. Ela destacou que a mudança trouxe um pouco de nervosismo, mas que no final tem sido uma experiência recompensadora.
Kasatkina também está se acostumando com a cultura australiana, incluindo suas expressões típicas, e foi recebida de forma calorosa por suas colegas tenistas. Ela contou com diversão que muitas delas entoaram o tradicional canto "Aussie, Aussie, Aussie!" ao seu redor, um gesto que a emocionou.
Aos 26 anos, Kasatkina continuará sua campanha no Charleston Open enfrentando a americana Sofia Kenin na terceira rodada, determinada a seguir com seu bom desempenho sob a bandeira australiana.
ADD A COMMENT :