O presidente Paul Kagame anunciou, na sexta-feira, que Ruanda se candidatará para sediar uma corrida de Fórmula 1 em Kigali, com a intenção de trazer o esporte de volta à África pela primeira vez desde 1993. Essa iniciativa faz parte dos esforços do país para impulsionar o crescimento econômico, promover o turismo e melhorar sua visibilidade global por meio do esporte.
Kagame fez o anúncio durante a abertura das Assembleias Gerais da FIA em Kigali, chamando-o de um marco importante para o automobilismo na África.
A candidatura de Ruanda para sediar um Grande Prêmio de Fórmula 1 está alinhada com a estratégia do país de utilizar eventos de grande destaque para aumentar a atenção internacional. No entanto, críticos acusaram o governo de Kagame de "sportwashing", utilizando esses eventos para melhorar sua imagem global enquanto minimiza as preocupações com os direitos humanos, incluindo restrições às liberdades políticas e repressão à liberdade de expressão.
Apesar disso, o anúncio gerou grande interesse, especialmente de figuras como Stefano Domenicali, CEO da Fórmula 1, que chamou Ruanda de "um candidato sério".
Kagame expressou entusiasmo pela oportunidade, afirmando que sediar uma corrida de F1 ajudaria a conectar a indústria do automobilismo com fãs e pilotos aspirantes em todo o continente africano.
Ele enfatizou a importância do respeito e da inclusão ao oferecer oportunidades para todos os envolvidos no esporte. A candidatura também segue meses de discussões, com autoridades da Fórmula 1 confirmando que Ruanda apresentou um plano abrangente para um circuito permanente.
A perspectiva de um Grande Prêmio de F1 em Ruanda também recebeu o apoio do sete vezes campeão mundial Lewis Hamilton, que há muito defende uma corrida na África. Hamilton elogiou o entusiasmo de Ruanda pelo evento e expressou sua admiração pelo país, chamando-o de "um dos meus lugares favoritos". Esse apoio dá ainda mais impulso aos esforços de Ruanda para garantir um Grande Prêmio africano em breve.
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