O Campeonato Mundial de Fórmula 1 teve início em 1950, com uma temporada de sete corridas, na qual o italiano Giuseppe Farina se sagrou o primeiro campeão da história. No entanto, as corridas de Grand Prix remontam a décadas anteriores, com a primeira corrida automobilística registrada ocorrendo em 1894.
Ao longo dos anos, o esporte evoluiu de provas em estradas abertas para competições organizadas em circuitos fechados. O primeiro Grande Prêmio oficial teria ocorrido em Le Mans, em 1906. Uma competição para construtores foi introduzida na década de 1920, mas somente após a Segunda Guerra Mundial, com a FIA assumindo o papel de entidade reguladora, surgiu um campeonato estruturado.
A temporada inaugural de 1950 contou com seis corridas na Europa—Reino Unido, Mônaco, Suíça, Bélgica, França e Itália—além das 500 Milhas de Indianápolis, nos Estados Unidos, que permaneceram amplamente separadas devido à pouca participação de equipes europeias. Quatro grandes fabricantes—Alfa Romeo, Ferrari, Maserati e Talbot-Lago—competiram contra diversos pilotos privados, enquanto a Mercedes só entrou oficialmente na Fórmula 1 em 1954.
Farina, pilotando uma Alfa Romeo, venceu a primeira corrida da história da F1 em Silverstone antes de garantir o título com outra vitória em Monza. Sua conquista, obtida por uma margem estreita sobre seu companheiro de equipe Juan Manuel Fangio, fez dele o campeão mais velho a conquistar seu primeiro título, aos 43 anos. Tragicamente, Farina também foi o primeiro campeão da F1 a falecer, vítima de um acidente de carro em 1966.
A segurança era uma grande preocupação nos primeiros anos, como demonstrado pelo enorme acidente na segunda corrida, em Mônaco, quando uma onda invadiu a pista na curva Tabac. Embora os pilotos tenham escapado sem ferimentos graves, o incidente evidenciou os perigos do esporte.
Muitos pilotos daquela temporada acabariam perdendo a vida em acidentes de corrida, incluindo Alberto Ascari e Raymond Sommer. O grid de 1950 também contou com figuras notáveis, como o príncipe Birabongse Bhanudej do Sião, que terminou o campeonato em oitavo lugar, e Louis Chiron, que se tornou o piloto mais velho a competir na Fórmula 1 ao disputar uma corrida aos 55 anos, em 1955. A presença dessas personalidades, junto com outros grandes nomes, ajudou a moldar as bases da Fórmula 1 moderna.
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