Unai Emery enfatizou que a fadiga não deve ser uma desculpa para o Aston Villa enquanto se preparam para um jogo importante contra o Bayern de Munique na quarta-feira. A equipe busca recriar a magia daquela noite inesquecível de 1982, quando surpreenderam o Bayern na final da Copa da Europa. Este encontro histórico, que ocorrerá no Villa Park, em Birmingham, marca o retorno do Villa à competição europeia de elite após 41 anos, aumentando assim as emoções para jogadores e torcedores.
A reunião com o Bayern ocorre em um momento especialmente tocante, apenas duas semanas após a morte do ex-atacante do Villa, Gary Shaw, um jogador fundamental da equipe que venceu o Bayern um ano depois de conquistar o título inglês de forma surpreendente. Shaw, que faleceu recentemente aos 63 anos devido a lesões sofridas em uma queda, foi essencial na jornada do Villa rumo à vitória na Copa da Europa, marcando três gols ao longo do caminho, incluindo um gol crucial nas quartas de final contra o Dynamo Kiev.
As memórias daquela final histórica de 1982 são particularmente vívidas, já que o Villa enfrentou uma equipe do Bayern formidável, composta por estrelas como Karl-Heinz Rummenigge e Paul Breitner. Em uma temporada marcada por turbulências, o treinador do Villa, Ron Saunders, deixou o cargo em fevereiro devido a um desentendimento contratual, fazendo com que seu assistente, Tony Barton, assumisse o comando. Sob a orientação de Barton, a equipe do Villa, que incluía jogadores como Peter Withe e Tony Morley, conseguiu chegar à final, mesmo sendo considerados azarões.
Naquela noite fatídica em Rotterdam, o destino do Villa parecia sombrio quando o goleiro Jimmy Rimmer se machucou no pescoço, forçando o inexperiente Nigel Spink a entrar em campo. Contra todas as probabilidades, Spink fez uma apresentação excepcional, realizando defesas cruciais que mantiveram o Villa na disputa. A virada aconteceu aos 67 minutos, quando Withe aproveitou um cruzamento de Morley, garantindo uma vitória por 1 a 0. Enquanto o capitão do Villa, Dennis Mortimer, erguia o troféu, Barton declarou que aquele era "o dia mais importante da história do clube", solidificando assim seu lugar na história do futebol.
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