Uma nova "zona de decolagem" para o salto em distância foi testada no meeting de atletismo em Düsseldorf no domingo, marcando uma possível mudança na abordagem tradicional do esporte. A alteração substitui a linha de quadro familiar, atrás da qual os saltos devem ser realizados, por uma "zona de decolagem" de 40 centímetros, a partir da qual a distância será medida usando câmeras. Esse ajuste visa minimizar saltos inválidos, aprimorando a precisão e a justiça da competição.
Malaika Mihambo, medalhista de ouro olímpica de 2020 pela Alemanha, venceu a prova com um salto de 6,87 metros, continuando seu início perfeito de ano com três vitórias em tantas participações. Refletindo sobre o novo sistema, Mihambo o considerou "interessante" e "emocionante", embora tenha notado que existem áreas que podem ser aprimoradas. Apesar das mudanças, sua performance na "zona de decolagem" foi significativamente melhor do que seu salto tradicional de 6,39 metros, que incluiu quatro tentativas inválidas.
Mihambo, que havia alcançado um salto de 7,07 metros sob condições padrão em Karlsruhe, admitiu que estava "simplesmente muito cansada" para o meeting de Düsseldorf. Os resultados deste evento de teste geraram curiosidade sobre se a World Athletics adotará esse novo sistema nas grandes competições globais, como as Olimpíadas.
O presidente Sebastian Coe manifestou apoio à reforma, enfatizando que o esporte precisa evoluir para manter o interesse dos espectadores, especialmente depois que um terço dos saltos foi invalidado no Campeonato Mundial de 2023.
Embora a mudança proposta tenha recebido apoio, também houve críticas. A lendária saltadora americana Carl Lewis, que conquistou quatro medalhas de ouro olímpicas consecutivas, descartou a reforma como uma "brincadeira de 1º de abril" e argumentou que ela eliminaria o aspecto mais difícil do evento.
Apesar das opiniões divergentes, o teste em Düsseldorf marca um passo importante na discussão em andamento sobre o futuro das competições de salto em distância.
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