Matt Richardson, de 25 anos, conquistou três medalhas olímpicas em Paris 2024, ganhando prata nas provas de sprint individual e keirin, além de bronze no sprint por equipes. Apesar do sucesso com a equipe australiana, ele anunciou pouco depois dos Jogos Olímpicos que mudaria de nacionalidade para competir pela Grã-Bretanha.
Natural da Inglaterra, Richardson mudou-se para a Austrália Ocidental aos nove anos. Sua troca de nacionalidade gerou uma revisão pela AusCycling, a federação ciclística australiana. A organização concluiu que suas ações eram incompatíveis com os valores da AusCycling, da equipe nacional australiana e da comunidade ciclística em geral. Como resultado, Richardson será permanentemente proibido de representar a Austrália em competições futuras e estará impedido de utilizar quaisquer recursos associados à equipe ciclística australiana ou seus parceiros.
A investigação também revelou que Richardson entrou em contato com a União Ciclista Internacional (UCI) para manter em segredo sua mudança de nacionalidade até depois dos Jogos Olímpicos. A UCI confirmou que a mudança foi feita a pedido de Richardson em 19 de agosto, sendo essa decisão tomada exclusivamente por ele. As federações australiana e britânica foram informadas assim que o processo foi finalizado.
Além disso, a AusCycling criticou Richardson por tentar levar materiais da Austrália, como uma bicicleta personalizada e o traje de corrida olímpico, sem ter informado sua mudança de equipe. Esse movimento foi visto como um risco inaceitável à propriedade intelectual da organização. Apesar da controvérsia, Richardson havia declarado anteriormente que a decisão de mudar de nacionalidade foi difícil e pessoal, tomada após uma análise cuidadosa sobre sua carreira e perspectivas futuras.
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