A ginástica britânica implementou novas regras com o objetivo de conter práticas prejudiciais no esporte, principalmente relacionadas à gestão de peso. Treinadores não têm mais permissão para pesar os ginastas, uma prática que anteriormente era usada como forma de punição. Essa mudança ocorre em resposta às descobertas da Revisão Whyte de 2022, que revelou abusos físicos e emocionais sistêmicos no esporte. A revisão destacou casos em que atletas tinham suas bolsas revistadas em busca de alimentos no contexto de uma gestão opressiva do peso.
A ex-ginasta Eloise Jotischky, que ganhou um processo civil contra a ginástica britânica por abusos que sofreu, enfatizou a importância das novas políticas. De acordo com essas regras, nenhum ginasta com 10 anos ou menos pode ser pesado. Para aqueles acima dessa faixa etária, a pesagem só é permitida com o consentimento explícito tanto do ginasta quanto de seu pai ou responsável, se menor de 18 anos. Além disso, apenas profissionais de ciências do esporte ou médicos estão autorizados a realizar a pesagem, e ela deve ser feita por motivos cientificamente válidos, como monitorar o crescimento ou determinar exercícios ótimos de força e condicionamento.
A política visa evitar práticas inadequadas e abordar preocupações potenciais em torno da pesagem que podem levar a angústias psicológicas e problemas de saúde mental, como distúrbios alimentares, ansiedade e depressão. A ginástica britânica enfatiza que a pesagem inadequada ou excessiva é considerada má prática e, se repetida, pode caracterizar abuso. As novas regras passaram de diretrizes simples para políticas, exigindo que os ginásios as sigam ou enfrentem sanções, marcando um passo significativo em direção à proteção do bem-estar dos ginastas no esporte.
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